Nesta última quarta (27/12), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o Projeto de Lei 87/2016, de autoria do deputado Feliciano Filho, que proíbe a maioria das instituições públicas do Estado de São Paulo de servirem carne e seus derivados, tais como bacon, salsicha, etc., às segundas-feiras.
O Projeto tem gerado polêmica, devido a dúvidas levantadas sobre a proibição em estabelecimentos privados. No texto, está claro que a proibição de carnes e derivados às segundas se aplica a "restaurantes, lanchonetes, bares, escolas, refeitórios e estabelecimentos similares que exerçam suas atividades nos órgãos públicos do Estado de São Paulo", e também que as disposições "não se aplicam aos hospitais públicos e demais unidades de saúde pública".
Tudo depende agora da sanção do governador Geraldo Alckmin. Acreditamos que esta medida é um importante passo na conscientização da população, pois vai levar muita gente à reflexão sobre os motivos de não consumir carnes, e esperamos que esta reflexão se estenda para todos os demais produtos de origem animal.
Muitos empresários que vendem carne ajudaram a aumentar a polêmica em cima do Projeto, preocupados com os impactos em seus negócios. Devemos lembrar, porém, que a pecuária e seus produtos está colocando em risco nossa saúde e meio ambiente, além da crueldade imposta a seres que sentem e sofrem como nós.
Muita gente acredita que forçar algo por lei não é um bom caminho, e deveríamos aguardar a conscientização de forma natural. O fato é que este PL já é uma consequência da conscientização. Isso mostra que a preocupação com o próprio futuro de nossa civilização está sendo considerado mais seriamente, e vai incentivar a própria população a pesquisar.
As leis atuais subsidiam pecuaristas e nos forçam a arcar com os danos gerados pela atividade. Boa parte de nossos impostos ajudam a manter a pecuária e cobrir os custos na saúde por doenças causadas por ela, sem falar nos custos ambientais. Então, quem falar que proibir carne (mesmo que apenas por um dia) é um mal caminho, lembre-se de que isso não é nada diante da urgência na qual a pecuária deixou nosso planeta. Ou seja, a própria vida na Terra está ameaçada. Portanto, para que servirá todo o dinheiro se não existir vida?
Em sua página do Facebook, o autor do Projeto criou um post no dia 28/12 para esclarecer sobre a polêmica (confira aqui). Também é possível ler o texto completo do PL na página do próprio deputado (acesse aqui).