Dois pesquisadores brasileiros foram premiados recentemente no concurso internacional Lush Prize 2017, que busca promover projetos científicos envolvendo alternativas ao uso de animais em testes.
A biotecnóloga Carolina M. Catarino, bolsista de doutorado nos EUA através do programa Ciência Sem Fronteiras, se destacou com seus modelos de pele in vitro criados a partir de impressão 3D. Segundo Carolina, seu modelo é um melhoramento dos atuais, pois "inclui não apenas as estruturas da derme e da epiderme, mas também o folículo capilar".
Renato Ivan de Ávila Marcelino, estudante de doutorado na UFG (Universidade Federal de Goiás), e também bolsista do Ciência Sem Fronteiras, atualmente desenvolvendo suas pesquisas na Suécia, foi premiado pela criação de um mapa molecular capaz de determinar se uma substância pode causar alergia. Renato já se dedica há dez anos às pesquisas de alternativas aos testes em animais.
Como premiação, cada um dos pesquisadores ganhou 10 mil libras (cerca de R$ 43 mil). É a Ciência evoluindo para abandonar os arcaicos, cruéis e ineficientes testes em animais que tantas empresas ainda insistem em praticar, mesmo com milhares de substâncias já reconhecidas como seguras e alternativas de testes disponíveis.