Na última sexta-feira (03/03), foi aprovada em Portugal uma lei histórica que vai garantir que refeitórios públicos, tais como os de escolas, hospitais, autarquias e outros órgãos do governo, forneçam pelo menos uma opção de refeição/lanche sem ingredientes de origem animal.
A proposta foi apresentada ano passado pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), com apoio de um abaixo-assinado que recolheu mais de 15.000 assinaturas. Posteriormente, propostas de outros partidos foram criadas para reforçar o pedido, que acabou sendo votado e aprovado pela Assembleia portuguesa. Agora, todos os cidadãos terão reconhecido seu direito de escolha por uma alimentação sem crueldade.
Normalmente, é possível se alimentar de forma vegana em praticamente qualquer restaurante que sirva opções como arroz, feijão, saladas e legumes. No entanto, muitas pessoas sentem falta de um prato principal mais elaborado em restaurantes de autarquias, por exemplo. Existe ainda o caso de locais tais como hospitais e escolas, onde são servidos pratos e lanches prontos, com pouca variedade. Estes serão os casos onde as pessoas notarão o maior benefício.
Imagine um paciente vegano em um hospital no qual precisa pedir pra trocar um sanduíche de queijo e presunto por outro com alface e tomate, tendo ainda que perguntar se o pão possui algo de origem animal. Ou, ainda, uma criança vegana que precisa levar suas refeições de casa, porque a merenda de sua escola não é inclusiva. Pois é, esta lei vai garantir que o paciente tenha a opção de um lanche vegano a seu dispor e a criança possa ser servida da opção de merenda vegana, sem questionamentos.