Um estudo recente, realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido, analisou os benefícios que uma mudança nos padrões dietéticos atuais poderia trazer para a saúde e meio ambiente.
Foram considerados quatro cenários no Estudo:
- Dieta padrão atual, levando em consideração as especificidades dietéticas de cada região do planeta, mas que, no geral, inclui uma grande quantidade de produtos de origem animal;
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Dieta aceita como ideal, baseada nas orientações globais para uma dieta saudável, que inclui (por dia) um mínimo de 5 porções de frutas e vegetais, menos de 50 g de açúcar, um máximo de 43 g de carne vermelha, e um consumo entre 2.200 e 2.300 calorias;
- Dieta vegetariana, com a mesma recomendação sobre o açúcar e consumo calórico, que inclui 6 ou 7 porções de frutas e vegetais e uma porção de leguminosas, e exclui qualquer tipo de carne;
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Dieta vegana, com a mesma recomendação sobre o açúcar e consumo calórico, que inclui 6 ou 7 porções de frutas e vegetais e uma porção de leguminosas, e exclui qualquer alimento de origem animal.
Os pesquisadores tomaram o cenário 1 como referência, para o qual existem projeções sobre os impactos ambientais e na saúde, caso a população mundial mantenha o padrão dietético atual.
Com base no que é esperado atualmente para o ano de 2050, o estudo concluiu que: a dieta do cenário 2 evitaria 5,1 milhões de mortes por ano, e emitiria 29% menos CO2. A dieta vegetariana evitaria 7,3 milhões de morte por ano, e emitiria 63% menos CO2. Por fim, a dieta vegana evitaria 8,1 milhões de mortes por ano, e emitiria 70% menos CO2.
O estudo ainda fez questão de lembrar que "o sistema de produção de alimentos é responsável por mais de um quarto de todas as emissões de gases do efeito estufa, das quais até 80% estão associadas com a Pecuária."