A chamada "Manifestação Nacional", em prol da vaquejada, que noticiamos aqui no Mapa Veg (reveja aqui), realmente aconteceu. Carros de som, cerca de 1.500 cavalos, e mais de 5.000 vaqueiros protestaram contra a decisão do STF, e pediram a manutenção da vaquejada, por ser uma atividade que faz parte da cultura do Nordeste, e que também gera renda para muitas famílias.
Paralelamente, uma Audiência Pública da Câmara dos Deputados sobre a vaquejada, articulada por parlamentares defensores da prática, acontecia, e trouxe, como esperado, uma maioria de participantes favorável à vaquejada.
Os argumentos em prol da vaquejada se limitaram à citar a geração de renda e vangloriar a prática como parte da cultura, que é garantida pela Constituição, apesar de lembrarem que a mesma Constituição não permite crueldade contra animais, dando a entender que manifestações culturais teriam prioridade sobre os direitos dos outros animais.
A argumentação contra a vaquejada contou com um lembrete importante, que é o fato da atividade expor os animais a sofrimento mental e comportamental, além do sofrimento físico, que parece ser o único considerado pelos defensores da vaquejada e o qual tentam evitar no regulamento da atividade.
A sessão teve até um bate boca entre o Deputado Ricardo Tripoli e outro parlamentar, e acabou sendo suspensa por dois minutos para acalmar os ânimos.
A ativista Luisa Mell esteve presente, e afirmou que o apoio da maioria dos parlamentares à vaquejada deve-se ao financiamento de campanhas feito por empresas ligadas à exploração animal. Luisa lembrou ainda de todos os problemas causados pela pecuária, e teve dificuldades pra concluir sua fala, devido aos protestos.